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Monday, August 01, 2005

Do dia 10 a 17 de julho, eu e a Carol viajamos para Olympic National Park, no estado de Washington. O parque fica no ponto mais noroeste dos EUA (sem contar Alaska e Hawaii) e perto de Seatle. Para chegar la, pegamos um onibus da Greyhound, a (quase) unica companhia de transporte rodoviario americana. Ficamos andando umas duas horas em Seatle e, sem querer, chegamos num dos pontos mais turisticos de la, o "mercado municipal" deles. Quase levei uma peixada na cara, pois tem uma peixaria onde eles arremessam os peixes de um lado ao outro do mercado, para o delirio da turistarada. Pegamos um onibus de turismo ate a cidade de Port Angeles, o ponto mais proximo da entrada do parque. Custou-nos mais caro do que a passagem de Portland ate Seatle, mas nao tivemos muita escolha, pois era a unica forma de transporte coletivo disponivel. Port Angeles e uma cidadezinha que tem um porto no estreito de Juan de Fuca, de onde saem os ferries para a ilha de Victoria, no Canada. Como o dia estava claro, deu pra ver o outro lado, o estado canadense de British Columbia, aonde um dia pretendo ir, nem que escondido pelo mato. Chegando em Port Angeles, nao foi dificil conseguir informacao sobre como chegar no parque, que, alias, nao era tao acessivel como pensavamos. Mesmo assim, com onibus de linha mesmo conseguimos chegar em bons pontos de partida. Foi o proprio motorista que fez questao de descer do onibus e nos mostrar mapas e contar lendas e fatos sobre a regiao, continuando durante o percurso ate nos deixar onde passamos a primeira noite, num camping de graca, que ele nos indicou. Na manha seguinte, fomos ate La Push, uma vila indigena de pescadores na parte litoranea do parque. Talvez agora seja o momento de explicar mais ou menos a geografia do lugar: o parque e uma peninsula onde, em poucos quilometros, ha praias (obviamente), florestas temperadas, densas e umidas e montanhas com glaciais. Decidimos, ao chegar la, que iriamos caminhar pela praia. Pois nossa caminhada durou 2 dias e 32km, durante os quais encontramos apenas uns outros poucos mochileiros. Minto, pois, na verdade, encontramos muitos veados e aguias, estrelas-do-mar, corais, pedras, pedacos de navios que se arrebentaram nas pedras da costa, troncos de arvores super polidos pelo tempo e pelas mares, garrafas d'agua que nadaram da Coreia ate encalhar nas praias mais selvagens que ja estive. Tambem, pudera, nao ha acesso a esses lugares a nao ser o que a gente usou pra entra e sair. De um lado, o oceano, do outro, floresta densa com samambaias, pinheiros, e varias especies de trepadeiras, arbustos, flores e arvores. Acampamos uma noite num penhasco a beira do mar, onde apreciamos uma garrafa de um bom Cabernet Sauvignon chileno (nao foi a primeira coisa que eu pensei em levar na minha mochila, que ja pesava uns 30kg, mas valeu o esforco). No final do segundo dia, depois de termos nadado, chegamos ao Sand Point, o nosso ponto final na praia. La pegamos uma trilha dentro da floresta ate o proximo camping (5km), a beira do Lake Ozette. Chegamos la ao anoitecer, e nao havia lugar pra nos, mas uma familia nos viu com as mochilas e ofereceu para acamparmos com eles. Armamos nossas barracas e eles ainda nos deram janta (um sanduiche de 1.5kg!). Adoro ser andarilho! Na manha seguinte, pegamos uma carona com um casal daqui de Portland que conhecemos no camping e que nos levaram ate o lugar onde queriamos acampar, Elwha Valley. Foi uma gentileza e tanto, pois eles desviaram do caminho que eles estavam indo pra nos deixar la. O lugar, muito bonito, fica as margens do rio Elwha, na floresta. Nessa mesma area, subindo umas montanhas, existem olhos de agua sulfurosa, onde fizeram umas piscinas "naturais", quentes. Super relaxante e merecido. La conhecemos Brent, um esquiador profissional com quem passamos o resto do tempo no parque. Como tinhamos pago pelo camping e nao tinhamos carro, oferecemos nossa vaga a ele, pois ele tem uma Kombi parecida com a que tinhamos e pode, assim, acampar de graca. Com ele fomos, no outro dia, ao Hurricane Ridge, o topo de uma montanha cercada por outras tantas cobertas de neve (em pleno verao). A tarde, nadamos num lago chamado Lake Mills. Dia seguinte, de manha, Brent nos deu uma carona ate perto do Crescent Lake (16km de extensao), onde nos despedimos e comecamos a pegar carona ate Seatle (ja tinhamos passagem Seatle-Portland). Depois de algumas curtas, conseguimos uma carona ate Tacoma (sul de Seatle, onde nosso onibus passaria) e, finalmente, entendi porque algumas pessoas acham perigoso pegar carona. Apesar de passar 3 horas num carro com um fervoroso testemunha de Jeova tentando me converter, sobrevivi, porem agora considero um pouco mais os riscos que a estrada oferece. Abaixo, seguem as fotos dessa minha viagem com a Carol a mais um interessante ponto deste continente. Nao se intimidem e abusem dos "comments".

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